Pouca gente se lembra do jogo de despedida do rei Pelé com a camisa do Santos FC. Muitos se lembram da despedida dele pela Seleção Brasileira em 1971 no Maracanã lotado num jogo que terminou empatado em 2 a 2 com a Iugoslávia. Esse jogo teve TV ao vivo para todo Brasil, fato raro naqueles tempos.
Mas a derradeira partida do Rei pelo seu único clube no Brasil ficou meio perdida. Entendo eu que foi mal planejada. Não foi, por exemplo, um clássico contra seu maior freguês, o Corinthians ou seu maior adversário nos anos dourados de 1960 a 70, o Palmeiras.
Mas foi um jogo válido pelo campeonato paulista de 1974 numa quarta feira a noite e contra a… Ponte Preta. Nada contra o time campineiro, que teve a honra de participar desse momento histórico, mas era a despedida de Pelé. É bem verdade que houve uma meia despedida dele diante do Timão três dias antes no Pacaembu que recebeu mais de 66 mil torcedores. Jogo terminou 1 a 0 para o Corinthians e Pelé saiu inda no primeiro tempo sentindo dores na perna.
O jogo que teve o Rei vestindo pela última vez a gloriosa camisa 10 do Santos foi disputado dia 02 de outubro na Vila Belmiro com público de 20 mil torcedores. Pelé saiu aos 20 minutos do primeiro tempo depois de se ajoelhar no centro do campo com a bola a sua frente, abrir os braços em sinal de agradecimento e ser aplaudido pelo torcedor demoradamente. A vila Belmiro chorou naquela noite. Eram 21:19 horas. O Rei jogou pelo Santos por 18 anos, 06 meses e 26 dias. Marcou 1091 gols em 1106 partidas. Que média de gols por jogo senhores!!!
E vejam como são as coisas no futebol: quem substitui Pelé naquele jogo foi um desconhecido jogador de nome Gilson que nunca vingou no futebol.
Veja a ficha do jogo
SANTOS FC 2 x 0 AA PONTE PRETA
Dia 02/10/1974 – Vila Belmiro – Campeonato Paulista, Segundo Turno
Árbitro: Emídio Marques Mesquita
Gols: Cláudio Adão aos 44 minutos do primeiro tempo e Geraldo (contra) aos 11 do segundo tempo
Público: 20.258 pagantes
Santos: Cejas; Wilson Campos, Vicente, Bianchi e Zé Carlos; Léo Oliveira e Brecha; Da Silva, Cláudio Adão, Pelé (Gilson) e Edu. Técnico: Elba de Pádua Lima – Tim.
Ponte Preta: Carlos, Geraldo, Oscar, Zé Luiz e Valter; Serelepe e Serginho; Adilson, Valtinho (Brasinha), Valdomiro e Tuta. Técnico: Lilo.
Começou no final de semana passada mais um campeonato brasileiro de futebol. Para alguns esse será o campeonato de número 49, tomando por base o ano de 1971. Para outros e para CBF, essa já é a edição de número 61, considerando que a Taça Brasil, primeiro torneio nacional de futebol foi disputada em 1959 com o Bahia sendo o campeão.
Polêmicas a parte vamos ver o que teremos de bom nesse ano. O início foi legal. Nenhum 0 a 0 foi registrado e a média de gols foi bem alta 3,3 por partida. Tomara continue assim.
Dos chamados favoritos para ganhar o título somente Palmeiras e Flamengo venceram. Corinthians, Cruzeiro e Grêmio perderam. O técnico Tite disse que nosso campeonato é um dos mais difíceis do mundo. Concordo com ele nesse ponto. Só mesmo no Brasil são no mínimo uns seis clubes que lutam pelo título com chances.
Isso independe da qualidade do futebol jogador Eu entendo que nosso futebol hoje é uma espécie de segunda divisão do mundo.
Agora em 2019, além dos favoritos acima citados, ainda tem o São Paulo, o Santos e o Internacional que podem surpreender e ganhar a taça.
Mas que coisa horrível está o futebol carioca ein? Tirando o Flamengo que nada de braçadas por lá, os outros três clubes vivem uma penúria danada. E se as coisas não melhorarem, é quase certeza que Vasco, Botafogo e Fluminense lutarão apenas para não serem rebaixados.
Mas o campeonato é tão longo quanto a letra do nosso Hino Nacional. Então é melhor aguardar e acompanhar rodada por rodada a história desse campeonato que nos últimos quatro anos foi dominado por Palmeiras – campeão em 2018 e 16 – e Corinthians – ganhador em 2017 e 15. Teremos um novo campeão em 2019?
Jogando no Martins Pereira ontem a noite o São José EC derrotou por 2 a 1 o União FC de Mogi das Cruzes. O jogo foi válido pela quarta rodada do campeonato paulista da quarta divisão ( a FPF diz que se trata da segunda divisão, mas é mentira, pois para o São José chegar na A-1 que é a verdadeira primeira divisão, ele precisará de no mínimo três anos)
O jogo foi como todos dessa divisão sub-23. Muita vontade e pouco futebol. O São José fez um a zero no primeiro tempo e depois do gol mandou na partida. Poderia ter ido para o intervalo ganhando por 2 a 0 que seria justo.
No segundo tempo o time do União mandou no jogo. Dominou completamente a partida, empatou aos quatorze minutos, mas não teve contundência de atacar mais e virar a peleja. Faltou coragem.
E como em futebol não tem merecimento, mas sim fato, a Águia achou um gol aos quarenta e dois minutos em uma falha grandiosa do goleiro de Mogi.
Venceu mas não convenceu. O técnico Oliveira que foi expulso do banco no segundo tempo, precisa fazer duas coisas imediatas: 1ª) Parar de ser expulso por reclamar do árbitro, pois isso atrapalha o time que é jovem dentro de campo. 2ª) Arrumar o meio de campo e o ataque do time que não tem nenhuma inspiração.
Ainda dá tempo. Ah, o preparo físico também não parece ser dos melhores do time todo.
Esse campeonato tem 41 clubes participando e apenas os dois melhores subirão para A-3 de 2020. Difícil né??
Atlético Mineiro campeão de 1971. Renato, Humberto Monteiro, Grapete, Vanderlei Paiva, Vantuir e Oldair: Ronaldo, Humberto Ramos, Dario, Spencer e Tião. O técnico era Telê Santana.
E vai começar hoje mais uma edição do campeonato brasileiro de futebol da primeira divisão. Se você preferir pode chamar de Série A ou de Brasileirão, nome mais pomposo né? E também como é mais conhecido.
A CBF determinou em 2010 que os antigos campeões da Taça Brasil disputada de 1959 a 1968 e do Robertão disputado de 1967 a 1970, também são campeões brasileiros, entendendo que esses dois certames valiam como campeonatos brasileiros.
Sobre essa determinação da CBF, eu não vou emitir opinião agora. Teve muita gente que aprovou e muita gente que reprovou. Mas eu tenho uma certeza: se Corinthians e Flamengo tivessem vencido algum dos dois campeonatos reconhecidos como Brasileiro, a aprovação seria bem maior. Falo isso em relação a opinião da crônica esportiva. Só que, nos anos 1960 o Mengão ganhava um ou outro campeonato carioca e o Timão nem o Paulista ganhava. Nada de títulos nacionais.
Bem mas o que eu quero mostrar neste post é qual clube entre aqueles que um dia já foram campeões e que vão jogar a principal divisão em 2019, está a mais tempo sem ganhar o tal do Brasileirão, considerando como determina a CBF, que é quem manda no futebol brasileiro, desde 1959.
Veja abaixo o ranking dos 10 que estão na fila a mais tempo
1º) Atlético Mineiro – 48 anos. Campeão pela última vez, e única, em 1971
2º) Internacional – 39 anos – Campeão pela última vez em 1979
3º) Bahia – 30 anos. Campeão pela última vez em 1988
4º) Botafogo – 23 anos. Campeão pela última vez em 1995
5º) Grêmio – 22 anos. Campeão pela última vez em 1996
6º) Vasco da Gama – 18 anos. Campeão pela última vez em 2000
7º) Atlético Paranaense – Campeão pela última vez em 2001
8º) Santos – 14 anos. Campeão pela última vez em 2004
9º) São Paulo – 10 anos. Campeão pela última vez em 2008
10º) Flamengo – 09 ano. Campeão pela última vez em 2009
Dos 20 clubes que jogarão a competição nesse anos 06 deles nunca foram campeões da primeira divisão.
São eles: Avaí, Ceará, CSA, Chapecoense, Fortaleza e Goiás
Inaugurando essa seção, eu poderia lembrar de muitos jogos de clubes grandes. Mas nada melhor que falar do inesquecível confronto entre Taubaté e São José que decidiu a antiga Divisão Intermediária – hoje Série A-2 – do campeonato paulista de 1979.
Esse jogo foi realizado em São Paulo no estádio Palestra Itália, valendo pela última rodada do quadrangular final daquele campeonato. Santo André e Esportiva de Guará fechavam o quadrangular. Deveria ser em São José dos Campos, no Martins Pereira, mas no jogo anterior ao clássico, a Águia jogou em casa e empatou com o Santo André em 1 a 1.
Inconformados com a atuação do árbitro Romualdo Arppi Filho, que julgavam ter prejudicado o time, dirigentes do São José acompanhados por políticos da época, entre eles o então deputado Robson Marinho, invadiram o campo de jogo já perto do apito final. Foi a senha para que muitos torcedores fizessem o mesmo.
Romualdo encerrou a partida e relatou tudo. Na segunda feira o São José foi punido com a perda do mando de campo simplesmente para última e decisiva partida do quadrangular. E a Federação Paulista de Futebol determinou que o jogo fosse realizado no campo do Palmeiras. Azar do São José e sorte do taubaté, que não tinha nada a ver com a confusão do grande rival.
Ambos chegaram a última rodada com chances do título. Naquele ano, subia apenas o campeão e o vice jogava uma repescagem contra o penúltimo da Especial -atual A-1. O Santo André também brigava pela taça.
A classificação após 5 rodadas estava assim:
1º) Taubaté 07 pontos ganhos
2º) Santo André 06 pontos ganhos e 02 vitórias
3º) São José 06 pontos ganhos e 01 vitória
4º) Esportiva 01 ponto e eliminada
Na época a vitória ainda valia 02 pontos e não 03 como agora.
O Taubaté com a vitória sobre o rival foi o campeão. O Santo André que venceu a Esportiva foi o vice. Depois enfrentou o Marília na repescagem mas não conseguiu o acesso.
Os dois times já haviam se enfrentado em três oportunidades naquele campeonato. Na primeira fase teve vitória do São José por 2 a 0 em Taubaté e empate em 0 a 0 em São José. No quadrangular final novo empate em 0 a 0 no primeiro turno no Joaquinzão.
E chegou o dia daquele que ficou marcado como o maior jogo deste Clássico. Nem tanto pela qualidade da partida, mas por ser um jogo super decisivo . E deu Taubaté que ganhou por 2 a 1 com direito ao goleiro Wágner pegar um pênalti cobrado pelo joseense Darcy.
Clássico que teve expulsões, e mais de quinze mil torcedores dos dois times vendo a partida no estádio.
Confira a ficha desse Grande Jogo.
SÃO JOSÉ EC 1X2 EC TAUBATÉ
Dia 29/11/1979 no Estádio Palestra Itália em São Paulo
Público: 15.085 pagantes
Árbitro: José de Assis Aragão
Expulsões: Nenê e Tião Marino do São José e Banha do Taubaté
Gols: Amauri aos 2 minutos do primeiro tempo; Tata de falta aos 14 minutos e Antonio Carlos aos 30 minutos do segundo tempo.
São José: Mário; Fidélis, Darcy, Ademir Gonçalves (Baitaca) e Nelsinho; Ademir Mello, Tata e Niltinho (Esquerdinha); Edinho, Tião Marino e Nenê. Técnico: Filpo Nuñez.
Taubaté: Wagner; Banha, Ari, Botu e Cleto; Piorra Mendonça, Toninho Taino (Adilson) e China; Amauri, Antonio Carlos e Betinho (Julião) Técnico: Oscar Amaro.
Link para os melhores momentos desse jogo no you tube: https://www.youtube.com/watch?v=tbgJH1IrGRA
Torcedor joseense aguarde. No próximo post vamos relembrar a grande vitória da Águia sobre o Burrão pelo campeonato paulista da primeira divisão de 1981. Vitória essa que garantiu o São José no campeonato brasileiro de 1982.
Meus amigos!! dizia sempre o saudoso Mestre Alberto Simões quando inciava seu editorial no programa Parada dos Esportes nas antigas Rádios Clube e Bandeirantes. Quanta saudade…..
Mas, meus amigos, por favor respondam para mim a pergunta que formulei na chamada desse texto.
Tem, na sua opinião algum craque, mas craque de verdade mesmo, jogando seu futebol nesses gramados que um dia consagraram, por exemplo, para citar apenas um, Roberto Rivellino???
Se você disser que sim, me desculpe discordar democraticamente de vossa opinião. Porque eu não consigo achar nenhum jogador para chamá-lo de Craque no atual futebol brasileiro.
Se comparar com Rivellino, campeão do mundo com a seleção de 1970, foi por o sarrafo muito no alto, pode ser um jogador que esteja jogando, vamos lá, o que jogou um dia Djalminha, que nunca jogou uma Copa do Mundo. Tem?
Se você continua achando que sim, ok, não vamos brigar. Mas sua exigência para um ótimo jogador está benevolente demais. É o que eu penso, não que seja a verdade absoluta. Porque agora, com tantos anos vendo futebol, eu sou bem mais exigente.
Hoje, em abril, com o principal campeonato nacional chegando, não encontro nenhum jogador para chamar de Craque.
Tem alguns bonzinhos, e sabe quem eu acho que neste momento é o melhor jogador em atividade no Brasil? O goleirão Cássio do Corinthians. Não fosse por ele, e suas defesas extraordinárias nos jogos que o Timão ganhou nos pênaltis, a vida corintiana seria bem difícil.
Mas na lista de maiores goleiros que já vi jogar, estão na frente dele, Leão, Marcos, Tafarel, Raul Plasman e Rogério Ceni.
Para terminar, quando o melhor jogador de linha do Corinthians é o Claysson, do Palmeiras, Dudu, do Santos, Jean Mota, do São Paulo, Hernanes, do Flamengo, Gabriel Barbosa, do Cruzeiro, Fred, do Grêmio, Everton Cebolinha e do Internacional Rodrigo Dourado, é porque a coisa tá feia mesmo ein?
Sonho de 09 entre 10 torcedores de cada time sul-americano, a taça Libertadores da América chega nesse ano de 2019 a sua edição de número 60. Começou exatamente em 1960 para se comparar com torneio europeu dos clubes campeões.
O campeão foi o Peñarol do Uruguai e o primeiro clube brasileiro que disputou o torneio foi o EC Bahia, que foi o campeão do primeiro torneio nacional de clubes realizado no Brasil em 1959, justamente para apontar o representante de nosso país na nova competição que surgiria no ano seguinte.
Nos anos de 1960 até final dos anos 1990 o Brasil era representado por apenas um ou no máximo dois clubes no torneio. Hoje em dia até oito times brasileiros chegam a jogar a mesma edição da Taça.
Confira o ranking dos 10 maiores vencedores da Libertadores até 2018;
O título dessa coluna parece uma frase do grande jornalista Roberto Avallone, recentemente falecido. Ele costumava levantar um braço ao dizer algo de impacto e dizia: exclamação ou interrogação.
Falo isso porque a Taça Libertadores hoje é mesmo uma obsessão para algumas torcidas. Mais do que seus próprios times. mas precisa tudo isso? Nenhum torcedor brasileiro mais é feliz se seu time não ganha a dita-cuja dessa taça?
Ano passado o Palmeiras foi campeão brasileiro. Ganhou o principal campeonato disputado no país. mas alguns torcedores e cronistas esportivos disseram que o ano foi perdido pois o objetivo máximo do Verdão não foi conquistado. E qual era esse objetivo? A tal Libertadores.
Mesmo fechando o ano com uma incrível festa de sua torcida após o título confirmado contra o Vasco em São Januário no fim de novembro, alguns ainda diziam que 2018 não tinha sido um grande ano para o velho Palestra.
Então, de 2000 para cá, somente em 2005 com São Paulo, 2006 e 2010 com Internacional), 2011 com Santos, 2012 com Corinthians, 2013 com Atlético Mineiro e 201 7 com o Grêmio, é que houve festa e graça para alguns poucos (6) times brasileiros. Nos outros anos, como nenhuma equipe desse Brasilzão ganhou a “liberta”, não teve nenhuma comemoração.
Não é bem assim não senhores. Ganhar a Taça Libertadores da América é sim sinal de força e prestígio, mas não vence-la, não denigri ninguém.
Mas estou falando isso porque ontem o Galo Mineiro e não mais tão vingador assim (como diz parte do seu hino) foi E-L-I-M-I-N-A-D-O (como gostam de provocar os adversários, ainda na fase de grupos do torneio. É feio? Sim. Concordo. mas o mundo não vai acabar. E o ex-soberano São Paulo FC – que nos últimos 11 anos ganhou apenas uma simplesinha Copa Sul Americana em 2012 – que foi eliminado ainda na fase preliminar da competição??
Penso eu que os clubes e seus respectivos torcedores devem encarar a conquista da Libertadores como uma glória e não como obsessão. Porque não é fácil. vejam vocês que agora em 2019 está sendo disputada a 60ª edição o torneio e entre o os times brasileiros quem tem mais conquistas tem míseras 3. Santos, São Paulo e Grêmio detém essa primazia. E olha que Botafogo e Fluminense, dois dos grandes do nosso esporte bretão ainda não venceram nenhuma vez. Mas eu concordo que ganhar essa “bandida” copa é muito bom.
Citei no post anterior sobre a estreia do extraordinário goleiro Emerson Leão com a camisa do Palmeiras
Para mim, Leão foi o melhor goleiro da história do Verdão, superior até mesmo a São Marcos. Leão foi nota 9 e marcos 8,5. Opiniões divergentes existem e muitas sobre isso.
Mas vamos ao fato da estreia dele no gol do Palmeiras. Foi em 1969 num jogo contra o Juventus no campeonato paulista. Ele entrou no lugar de Chicão, que deixou o campo contundido aos 36 minutos do segundo tempo. O Palmeiras venceu o jogo com facilidade por 6 a 1.
Leão iniciou sua carreira defendendo o São José, que na época, em 1965 era ainda o EC São José, o Formigão do Vale.
Logo foi para o Comercial de Ribeirão Preto e de lá para o time alviverde.
Leão é o segundo jogador com mais partidas com a camisa palmeirense. Fez 620 jogos em suas duas passagens pelo clube. A primeira foi entre 1969 e 1978 e a segunda de 1984 a 1986.
Com mais jogos que ele apenas o Divino Ademir da Guia que fez 836 partidas pelo Verdão.
Confira a ficha do jogo que marcou a estreia desse fenomenal e polêmico goleiro no Palmeiras.
PALMEIRAS 6 X 1 JUVENTUS
Campeonato Paulista – dia 16 de abril de 1969 – Estádio Palestra Itália Árbitro: Vilmar Serra – Público de 4.359 torcedores Gols: Artime aos 15 minutos e Frazão aos 19 do 1° Tempo; Ademir da Guia aos 2 minutos, Jaime aos 7, Artime aos 15, César Maluco aos 28 e Serginho aos 31 do 2° tempo.
Palmeiras: Chicão (Leão, 36 do 2°), Eurico, Baldochi, Minuca e Dé; Jaime e Ademir da Guia (Dudu, 21 do 2°); Copeu, Artime, César Maluco e Serginho. Técnico: Filpo Nuñes.
Juventus: Doná, Celso, Carlos, Mílton e Geraldo Scalera; Brecha e Ferreirinha; Frazão, Andes, Menotti e Valdir. Técnico: Clóvis.
Passadas três rodadas do terrível campeonato paulista que a FPF chama de segunda divisão-sub 23 -na verdade, na verdade mesmo, é a quarta divisão-sub 23- o São José EC tem uma vitória e dois empates até agora.
Olhando pelos resultados parece bom, não é mesmo? E o time jogou duas partidas como visitante, já que domingo passado quando enfrentou o Atlético Joseense, apesar do jogo ser no Martins Pereira, historicamente casa da Águia, o mando era do Tigre.
Em termos de números e pensando em classificação está bom. Mas pelo futebol apresentado até agora o torcedor da Águia tem motivos para se preocupar com o futuro do time.
Se fizermos uma comparação com o time que no ano passado parou na semifinal diante do Comercial de Ribeirão Preto, a diferença é bem grande.
Na minha avaliação, que pode ser totalmente diferente daquela do técnico Oliveira e da diretoria do clube, apenas três jogadores se destacaram. São eles: o ótimo goleiro Rafael, o zagueiro Barão e o volante Zaneti.
O ataque é o setor que precisa urgentemente de melhores jogadores. Pode até ser que Brener, Luiz Henrique e Luan melhorem ao longo do campeonato, mas isso me parece pouco provável.
De qualquer maneira, se isso serve de alento, trata-se de um campeonato onde o nível técnico é bem fraquinho mesmo. E o que importa é a vitória. Afinal o futebol brasileiro vive de resultados.
Se o time ganha, mesmo jogando mal, está tudo bem. Se perde, mesmo que jogando razoavelmente bem, a torcida protesta.
Claro, eu sei, e até meu amigo Pedro Mariano lá da Band Vale também sabe, o bom seria ganhar jogando bem. Mas isso hoje no futebol brasileiro é utopia.
Sabe aquela coisa dita pelo antigo jogador Mirandinha, ponta do Corinthians em 1997/98: se corro não penso, se penso não corro? Isso é o nosso futebol hoje.
O São José voltará a jogar sábado próximo, dia 27 de abril as 19:00 em casa diante do União FC de Mogi das Cruzes.
E precisa ganhar, mesmo jogando mal.
© 2019. Futebol do Vale por Antonio Carmo.