Vem aí mais uma edição da Copa América. Tite convocou sua seleção e eu comentei por aqui.
Dos 23 chamados apenas 3 jogam em times brasileiros. São eles: Cássio e Fágner do Corinthians e Everton do Grêmio. Os demais 20 jogam na França, Espanha, Holanda, Portugal, Inglaterra etc.
Claro que o nível do nosso futebol hoje é equivalente a série b do mundo. Já fomos os melhores, mas hoje, corremos atrás. Nossos principais jovens saem dos clubes com pouquíssima idade ou tendo jogado menos de 10 partidas pelo time profissional.
São os casos de David Neres que jogou 04 partidas apenas pelo São Paulo e já foi vendido para o Ajax da Holanda e Rodrygo, do Santos FC. Esse até jogou mais, mas com 17 anos já era do Real Madrid que vai recebe-lo agora em junho. Os que ficam por aqui já estão com idade avançada para ser comprados pelos grandes da Europa ou são aqueles que já foram para lá quando jovens e agora retornam para encostar o corpinho, bater uma bolinha e encerrar a carreira.
Bem, mas indo direto ao título da matéria, fiz duas seleções, a titular a reserva apenas com jogadores que jogam aqui e que estejam no Brasileirão. Faça você uma pesquisa nas escalações de todos os 20 times que jogam a Série A e veja se temos dois times em condições de convocação
Será que com esses times, a seleção ganharia a Copa América?
Seleção A: Cássio, Fágner, Geromel, Dedé e Diogo Barbosa; Rodrigo Dourado, Bruno Henrique e Everton Ribeiro; Dudu, Pedro e Everton Cebolinha.
Seleção B; Até que goleiros temos bons como Fábio, Weverton e Vanderlei que é meu escolhido; Marcos Rocha, Luan, Léo e Renan Lodi; Henrique, Michel e Gustavo Scarpa; Rodrygo, Gabriel Barbosa e Bruno Henrique.
Não sinto firmeza não.
Antigo Estádio Palestra Itália, o Jardim Suspenso, hoje Allianz Parque.
Foi em 1920 que o Palestra Itália efetuou a compra do seu estádio, e junto com com ele também todas as outras instalações esportivas que pertenciam ao terreno, pelo valor total de 500 contos de réis (algo em torno de 12,5 milhões de reais em valores de 2019).
Foram construídas grandes arquibancadas em concreto armado e, em 13 de agosto de 1933, na partida Palestra Itália 6 Bangu 0 (tendo Gabardo assinalado o primeiro gol), pelo Torneio Rio-São Paulo, foi inaugurado o “Stadium Palestra Itália”: maior e mais moderno estádio de futebol do País (na época), com capacidade para trinta mil torcedores. Neste mesmo período, a sede social do clube foi transferida do centro da cidade para o entorno do estádio.
No final da década de 1950, foi iniciada uma grande reforma, em que a arquibancada foi reconstruída e passou a ter mais do que o dobro da capacidade anterior. Além disso, o campo foi suspenso, e foram construídos vestiários no subsolo.
A reinauguração aconteceu em 7 de setembro de 1964, com a realização da partida entre Palmeiras e Esportiva de Guaratinguetá, válida pelo campeonato paulista, quando mais de 30 mil pagantes presenciaram a vitória do time esmeraldino por 2 a 0.
Aliás, esse ano foi o último em que a Esportiva disputou a primeira divisão do Paulista. Foi rebaixada nessa temporada pois ficou em 16º e último lugar no torneio. Jogou os campeonatos de 1961 a 1964.
O time teve como grande atração no campeonato o zagueiro Zózimo, que havia chegado do Bangu e que fora bi-campeão mundial com a seleção brasileira nas Copas de 1958 e 1962, Zózimo ficou pouco tempo em Guará, logo voltando para o futebol carioca, dessa vez para jogar no Flamengo. Mas esse é um fato que não acontece mais nos tempos atuais. Jogador campeão do mundo vir jogar em time pequeno do interior.
Confira a ficha dessa partida.
PALMEIRAS 2 X 0 ESPORTIVA DE GUARÁ
Data: 07 de Setembro de 1964
Árbitro: Teodoro Nitti
Público:31.899 pagantes
Gols:Ademar Pantera aos 17 e Rinaldo (pênalti) ais 43 minutos do primeiro tempo
Palmeiras: Valdir de Moraes, Rubens Caetano, Djalma Dias, Valdemar Carabina e Ferrari; Dudu e Tupãzinho; Gildo, Picolé, Ademar Pantera e Rinaldo. Técnico: Sylvio Pirillo
Esportiva: Acosta, Bolar, Jorge, Zózimo e Rubens; Luis César e Sauí; Roberto, Nenê, Luis Carlos e Edson. Técnico: Pellegrino Begliomini
Um dos times do Santa Cruz no período: Gilberto, Carlos Alberto Barbosa, Pedrinho, Levir Culpi, Alfredo e Givanildo; Betinho, Edson, Nunes, Jadir e Pio.
Já escrevi aqui nesse espaço que o Botafogo possui a maior invencibilidade da história do campeonato brasileiro de futebol. Leia nessa mesma seção. Foram 42 jogos sem perder nos anos de 1977 e 1978.
O Palmeiras com vitória obtida ontem (02) em Chapecó por 2 a 1 sobre o time da casa, chegou aos 30 jogos de invencibilidade na competição, somando jogos deste ano e de 2018, e sendo a terceira maior série sem derrotas da história do torneio
Mas o que talvez pouca gente saiba é que a segunda maior invencibilidade pertence a um time nordestino. Trata-se do Santa Cruz FC de Pernambuco, que ficou 35 jogos sem perder também nos mesmos campeonatos que o Botafogo conquistou a maior sequencia sem derrotas: 1977 e 1978. Incrível isso ein? Dois times ficando tanto tempo invictos nos mesmos torneiros.
O Santa Cruz obteve 22 vitórias e 13 empates em sua memorável série sem derrotas. Foram os últimos 8 jogos pelo campeonato de 1977 e mais 27 pelo torneio do ano seguinte. A série foi interrompida pelo Internacional que derrotou o time pernambucano por 1 a 0 no primeiro jogo das quartas de final daquele campeonato.
Em 1977 o Santinha ficou em 10º lugar no campeonato e em 1978 terminou na 5ª colocação.
A equipe nesse período teve jogadores que marcaram época com a camisa do tricolor. Nunes, Luis Fumanchu, Givanildo, Carlos Alberto Barbosa, Levir Culpi e Pio são alguns deles. O técnico na maioria dos jogos foi Evaristo de Macedo.
Confira a relação dos jogos da invencibilidade do Santa Cruz no período.
1977
Santa Cruz 1 x 0 Guarani
Santa Cruz 3 x 0 Americano de Campos
Santa Cruz 3 x 2 Grêmio
Santa Cruz 2 x 2 América – RJ
Santa Cruz 0 x 0 Operário de Campo Grande
Santa Cruz 2 x 0 Desportiva – ES
Santa Cruz 3 x 1 Palmeiras
Santa Cruz 2 x 1 Clube do Remo
1978
Santa Cruz 1 x 0 Náutico
Santa Cruz 1 x 1 ABC
Santa Cruz 3 x 0 Atlético Mineiro
Santa Cruz 1 x 1 Villa Nova-MG
Santa Cruz 2 x 2 Cruzeiro
Santa Cruz 2 x 1 América-MG
Santa Cruz 1 x 0 Uberaba
Santa Cruz 3 x 1 Botafogo-PB
Santa Cruz 1 x 0 Sport Recife
Santa Cruz 3 x 0 Uberlândia
Santa Cruz 0 x 0 América-RN
Santa Cruz 6 x 0 Campinense – PB
Santa Cruz 1 x 0 Náutico
Santa Cruz 0 x 0 Joinville
Santa Cruz 1 x 1 Grêmio
Santa Cruz 1 x 1 Santos
Santa Cruz 2 x 1 Bahia
Santa Cruz 1 x 0 Fluminense
Santa Cruz 1 x 0 Goiás
Santa Cruz 4 x 2 Ceará
Santa Cruz 3 x 0 Sport Recife
Santa Cruz 1 x 1 Portuguesa de Desportos
Santa Cruz 1 x 1 Fluminense
Santa Cruz 2 x 1 Dom Bosco – MT
Santa Cruz 2 x 2 Ponte Preta
Santa Cruz 5 x 1 Volta Redonda
Santa Cruz 3 x 3 Operário de Campo Grande
O São José EC derrotou no sábado que passou (01) o Joseense por 3 a 2 e praticamente garantiu sua vaga para segunda fase do campeonato paulista da segunda divisão.
Mesmo sendo um jogo de times com poucos recursos técnicos, a partida foi bem movimentada. O Tigre esteve na frente por duas vezes, mas a Águia encontrou forças para virar.
Com a vitória o São José foi a 16 pontos na classificação e pulou para o segundo lugar do grupo 5. O Tigre estacionou nos 11 pontos em quarto lugar, mas ainda dentro da zona de classificação.
Para a Águia restam mais 3 jogos: União de Mogi e Manthiqueira fora e Amparo em casa na última rodada. O líder do grupo segue sendo o Paulista de Jundiaí, único invicto da chave que tem 20 pontos ganhos.
A vida do Joseense no torneio será definida na próxima rodada, acredito eu. O time receberá no Martins Pereira o Manthiqueira que tem 9 pontos. Confronto direto pela última vaga do grupo. Vencendo esse jogo -e para mim o Joseense é o favorito – a equipe deverá se classificar. Já o time de Guará vai jogar suas últimas esperanças no campeonato nessa partida.
Esse campeonato já tem alguns times se destacando nos outros grupos. Rio Branco de America, XV de Jaú e Francana já estão garantidos na segunda etapa do campeonato, que ficará com 24 clubes seguindo pela briga do acesso.
Sobre o São José, o time conseguiu uma vitória que dará moral para seguir no torneio. Mas precisa ainda melhorar seu meio de campo para pensar em acesso. Mas ainda temos muito campeonato pela frente.
Na foto, o supervisor Fábio Barbosa, o presidente Gilsinho Rezende, o prefeito Ortiz Junior e o diretor de futebol Carlos Arini
O EC Taubaté apresentou nesta sexta-feira seu novo gerente de Futebol. Trata-se de Carlos Arini, muito conhecido no mundo do futebol brasileiro. Ele já trabalhou no Vale do Paraíba durante a fase áurea do Guará Futebol LTDA.
Ele tinha muitos poderes por lá. Mas o dinheiro que vinha de um empresário acabou, o clube foi vendido, passou pelas mãos de alguns aventureiros até que fechou as portas em definitivo em 2017.
Mas o tópico maior desse cometário não está no trabalho de Arini e sim na presença do prefeito Ortiz Júnior (PSDB) durante a apresentação do cartola. Ortiz até discursou saudando o novo homem forte do futebol do Burrão.
E isso que dizer o seguinte meus amigos: Que a Prefeitura de Taubaté está apoiando o time de futebol. Nenhum prefeito iria num evento desse porte apenas para desejar boa sorte ao novo dirigente.
Parabéns ao prefeito Ortiz pela iniciativa, porque gente, apesar dos novos tempos, time do interior precisa sim e muito do apoio do poder público.
Todos sabemos que não se pode por um centavo no clube. Mas o chamado apoio logístico do prefeitão vale ouro.
Qual empresa da cidade ao receber um telefonema do mandatário-mor do município pedindo para olhar com carinho o time de futebol e apoiar com alguma coisa, vai dizer não?
Só em São José dos Campos é que a diretoria do clube bateu de frente com um prefeito.
Em 2013, o então prefeito Carlinhos Almeida (PT) apoiava abertamente a chapa dos candidatos Francisco César e Fernando Evaristo. Caso eles fossem vencedores o clube teria a ajuda do prefeito. De que maneira não sei.
Só sei que membros do Conselho disseram que Carlinhos deveria cuidar da cidade porque do clube eles cuidavam e elegeram outra chapa como vencedora. A chapa encabeçada por Benevides Ferneda, o Geléia ganhou a eleição e jogou o São José EC para o fundo do poço.
E depois ainda reclamaram que o prefeito não ajudava o time. Pode isso?
Em apenas 03 anos, o time caiu da Série A-2 para quarta divisão. Foram dois rebaixamentos.
Para terminar: nas três vezes que o futebol em São José dos Campos esteve no auge (1980/82 – 1986/1990 e 1996/98) sempre o poder público ajudou.
Entenderam?
© 2019. Futebol do Vale por Antonio Carmo.