No dia 4 de maio de 1980, Roberto Dinamite fazia história no duelo entre Vasco e Corinthians, no Maracanã, pela segunda fase do Campeonato Brasileiro.
A partida marcou a volta do ídolo e artilheiro Roberto Dinamite ao Gigante, após rápida passagem pelo Barcelona – ESP. Na ocasião, após ver o Corinthians abrir o placar aos 11 minutos da primeira etapa, Dinamite logo tratou de colocar o Vasco em vantagem, marcando simplesmente cinco gols. Foi um jogo espetacular do artilheiro cruzmaltino.
Já falei de Edmundo que marcou 6 gols também pelo Vasco contra o União de Araras, mas os 5 gols de Dinamite, pelo caráter da partida e quilate do adversário, são mais importantes.
“Fiz mais de mil partidas em toda a minha carreira, mas uma especial me marcou. Foi quando voltei para o Brasil, vindo da Espanha, em 1980, e fiz cinco gols no Corinthians. Não foi um jogo diante de qualquer time, foi contra o Corinthians, que tinha Sócrates, Caçapava, Jairo… Fazer 5 a 2 no Corinthians é muito difícil. Joguei profissionalmente por 20 anos e não me lembro de outro jogador que tenha tido a honra de marcar cinco gols contra o Corinthians. Isso é marcante para qualquer atleta.
Não esperava fazer tantos gols, mas começou a sair um atrás do outro. Eu tive seis oportunidades e marquei cinco. O Vasco, como um todo, jogou muito bem e isso facilitou as coisas para mim. Tenho de ressaltar que contei com a colaboração de todo o grupo. Fiquei seis meses no Barcelona e a experiência não foi o que eu imaginava. Aí retornei para o Vasco e reencontrei o Maracanã cheio, com mais de 100 mil pessoas.
A minha expectativa era muito grande. Era a volta para a minha casa, para as minhas origens, para a família vascaína. Tudo tinha um significado muito especial.” afirmou o ex-craque vascaíno.
Ficha do Jogo
VASCO DA GAMA 5 X 2 CORINTHIANS
Local: Maracanã dia 04/05/1980
Árbitro: Carlos Rosa Martins (RS)
Público: 107.474 pagantes
Gols: Caçapava aos 11 minutos, Roberto Dinamite aos 13, 27, 37 e 39 e Sócrates (pênalti) aos 43 minutos do primeiro tempo; Roberto Dinamite aos 27 minutos do segundo tempo.
Vasco: Mazarópi, Orlando, Juan, Léo e Paulo César; Dudu, Jorge Mendonça e Guina; Catinha (Paulo Roberto), Roberto Dinamite e Paulinho ( Aílton). Técnico: Orlando Fantoni
Corinthians: Jairo, Zé Maria, Mauro, Amaral e Wladimir; Caçapava (Djalma) Sócrates e Basílio; Píter, Geraldão (Toninho) e Wilsinho. Técnico: Jorge Vieira
Um recorde do Campeonato Brasileiro que tem o Flamengo comemorando o título deste ano de 2019, dificilmente deverá ser batido. E ele pertence a Edmundo, o Animal. Um feito até hoje insuperável que foi visto de perto por apenas 1.313 torcedores. Na noite de 11 de setembro de 1997, em São Januário, Edmundo escreveu o seu nome na história da competição com os seis – e todos – gols do Vasco na vitória por 6 a 0 sobre o União São João de Araras. O primeiro com apenas 27 segundos de partida, em um frango do goleiro Adnan. O primeiro tempo terminou apenas 1 a 0. E na etapa final o artilheiro vascaíno fez a festa. Veja os gols dessa partida e repare no péssimo estado do gramado de São Januário.
Foi a única vez que um jogador fez seis gols em uma partida do Brasileirão.
E a marca de Edmundo poderia ser ainda mais impressionante, já que ele desperdiçou um pênalti, defendido pelo goleiro Adinam, quando o placar marcava 5 a 0.
Uma curiosidade da partida: o recorde poderia não ter acontecido se não fosse pelo treinador Antônio Lopes. Após marcar o quarto gol, Edmundo chegou a pedir para ser substituído após sofrer uma pancada. Lopes decidiu seguir a orientação do médico Clóvis Munhoz, que garantiu que o jogador poderia permanecer em campo.
Craque do Brasileiro de 1997, conquistado pelo Vasco, Edmundo também foi o artilheiro da competição, com 29 gols. Até o jogo contra o União São João, pela 17ª rodada da competição, o camisa 10 vascaíno tinha apenas cinco gols na competição. Em uma só partida, mais do que dobrou a sua marca.
Outro fato interessante sobre os dois times envolvidos nesse jogo. O Vasco foi o campeão daquele ano com 21 vitórias em 33 jogos. Já o União de Araras foi o lanterna do torneio e rebaixado para série B de 1998 com apenas 2 vitórias em 25 jogos disputados. O seu técnico nessa partida era o herói corintiano do título de 1977, o ex-jogador Basílio.
O Brasileiro de 1997 teve a presença de 26 clubes.
Ficha do Jogo
VASCO DA GAMA 6X0 UNIÃO SÃO JOÃO
Dia 11 de setembro de 1997 no Estádio de São Januário (RJ)
Árbitro: Cléver Assunção Gonçalves (MG)
Cartão Vermelho: Balu aos 27 minutos do segundo tempo
Público: 1.313 pagantes – Renda: R$ 14.390,00
Gols: Edmundo aos 27 segundos do primeiro tempo e aos 23, aos 27, aos 29, aos 34 e aos 44 minutos do segundo tempo.
Vasco: Márcio, César Prates, Alex Pinho, Mauro Galvão e Felipe; Nasa (Felipe Carvalho), Luisinho (Odvan), Juninho Pernambucano (Mauricinho) e Ramón,; Edmundo e Pedrinho. Técnico: Antonio Lopes
União São João: Adinam, Paulo Salles, Lica, Balu, Léo, Augusto, Ricardo Lima, Kelly (Vágner), Mazinho (Leonardo (Jefferson)), Itamar e Lizandro. Técnico: Basílio.
Time do Juventus em 1971. Oscar Amaro, Miguel, Brida, Celso, Osmar e Carlos. Carlos Alberto, Brecha, Paulo Matta, Ferreirinha e Antoninho.
Lançada oficialmente em 1970 no país, a Loteria Esportiva logo se tornou uma febre entre os apostadores. Afinal, no país do futebol onde cada torcedor é um técnico, acertar os 13 jogos do concurso em um final de semana parecia coisa fácil.
O novo jogo foi regulamentado no Brasil em 25 de março de 1970 e realizado desde 19 de abril, quando foi feita uma rodada experimental no antigo Estado da Guanabara com prêmio fixo de duzentos mil cruzeiros novos e cem mil bilhetes distribuídos. O jogo número 1 foi Flamengo e Fluminense As vendas de apostas foram feitas em 48 barracas improvisadas.
Oito apostadores foram premiados com doze pontos e dividiram o prêmio líquido, com cada um recebendo cerca de dez mil cruzeiros novos. Outras rodadas experimentais foram realizadas em 3 de maio, também na Guanabara, e em 17 de maio, em São Paulo, Belo Horizonte e Brasilia.
Hoje existem dezenas de modelos de jogos feitos pela Caixa Econômica Federal. Naquele tempo erá a Loteria Federal, que existe até hoje. Como tudo no Brasil ganha apelido ou diminutivo, a nova loteria logo se transformou na “Loteca”.
O primeiro apostador a ganhar sozinho foi Gilberto Furtado Medeiros, no teste número 5 (28 de junho), entretanto sem marcar os treze pontos. Em um teste que terminou com oito empates ele foi o único a errar apenas um jogo.
Em abril de 1972, no teste 85, uma zebra inesperada no jogo entre Corinthians e Juventus, o Moleque Travesso, no Pacaembu, fez o primeiro milionário da modalidade: Eduardo Varela, mais conhecido como Dudu da Loteca, do então Estado da Guanabara. Ele foi o único apostador que cravou os treze pontos do concurso, incluindo este jogo, em que o Corinthians tinha cerca de 95% das apostas, enquanto o Juventus vinha de cinco derrotas nas cinco primeiras rodadas e conseguiu vencer pelo placar mínimo, com gol de falta do meia Brecha em um sábado a tarde no Pacaembu. Levou um total de mais de 11,6 milhões de cruzeiros. Uma grande bolada na época.
Dudu ficou famoso no Brasil inteiro, quase que uma celebridade. Tinha 23 anos e era um simples datilógrafo na época. Estava noivo e com a fortuna aproveitou para se casar. Seu dinheiro por causa de maus negócios, acabou logo e dizem restou-lhe apenas um pequeno apartamento no Rio de Janeiro. Assim como Dudu, outros ganhadores da Loteca vieram a ficar conhecidos na sequência por terem ganhado sozinho fazendo os sonhados 13 pontos.
Bem, então veja abaixo a ficha do jogo, da grande zebra da época, que torneou Eduardo Varela um homem conhecido em todo Brasil, como também todos os jogos do concurso número 85, disputados dias 29 e 30 de abril e seus resultados.
1 | Portuguesa SP | 0 | x | 1 | São Paulo SP |
2 | Juventus SP | 1 | x | 0 | Corinthians SP |
3 | Ponte Preta SP | 1 | x | 1 | São Bento SP |
4 | Internacional RS | 4 | x | 0 | Caxias RS |
5 | Brasil RS | 0 | x | 1 | Grêmio RS |
6 | Confiança SE | 3 | x | 1 | Sergipe SE |
7 | Ceará CE | 2 | x | 1 | Fortaleza CE |
8 | Pinheiros PR | 0 | x | 3 | Coritiba PR |
9 | Rio Branco PR | 2 | x | 1 | Iguaçu PR |
10 | América PE | 0 | x | 2 | Central PE |
11 | Caldense MG | 1 | x | 1 | Atlético MG |
12 | Vila Nova MG | 1 | x | 2 | Uberlândia MG |
13 | Campinense PB | 0 | x | 1 | Treze PB |
Foi em 1982. No campeonato brasileiro daquele ano. Já fiz um post nessa seção falando da estreia do time com vitória sobre o Grêmio.
A vitória sobre o Botafogo foi válida pelo segundo turno da segunda fase do torneio. A Águia venceu por 1 a 0, gol de pênalti cobrado pelo zagueiro Darcy. No primeiro turno, em São José dos Campos houve empate em 0 a 0. Uma vitória histórica para o futebol joseense.
Aliás, em sua segunda e última participação no Brasileirão da Série A em 1990, o São José derrotou mais uma vez o Botafogo fora de casa por 1 a 0.
Só que a partida foi realizada no Estádio Caio Martins em Niterói (RJ), onde o Fogão mandava seus jogos naquele ano. O ex-flamenguista Peu marcou o gol da vitória joseense.
O time já havia jogado no Maracanã em 1977, quando ainda era chamado de Azulão do Vale. Foi um jogo amistoso contra a Seleção Brasileira de Novos que ganhou a partida por 2 a 1, em uma preliminar da Seleção principal que fez o jogo de fundo empatando com a Inglaterra em 0 a 0 em partida amistosa.
E em sua segunda vez no ex-maior estádio do mundo, conseguiu essa vitória espetacular.
O Botafogo não fez um bom campeonato, tanto que não se classificou para terceira fase, pois ficou atrás do São José e do Londrina que se classificaram no grupo. Não era mais aquele bom time de 1981 que chegou as semifinais do Brasileirão. Mas ainda tinha jogadores como o goleiro Paulo Sérgio que iria para Copa da Espanha naquele ano, Perivaldo, o atacante Mirandinha que fez grande sucesso depois no Palmeiras e o habilidoso meia Mendonça.
A campanha da Águia, ao contrário, foi excelente. O time terminou em 12º lugar na classificação geral entre 44 participantes. Além das vitórias contra Botafogo e Grêmio, conseguiu empatar duas vezes em 0 a 0 com o Atlético Mineiro. Um jogo em casa e outro no Mineirão, válidos pela primeira fase.
Confira a ficha desse jogo que ficou marcado para sempre na história do São José EC
BOTAFOGO 0 x 1 SÃO JOSÉ
Dia 14 de março de 1982 válido pelo Brasileirão
Local: Maracanã (RJ)
Árbitro: Rui Canedo do Rio Grande do Sul
Público: 15.224 pagantes
Gol: Darcy de pênalti aos 28 minutos do segundo tempo
Botafogo: Paulo Sérgio, Perivaldo, Gaúcho, Osvaldo e Washington; Almir, Wescley e Mendonça; Geraldo, Té (Mirandinha) e Jérson. Técnico: Jorge Vieira
São José: Ivan, Sótter, Darcy, Ademir Gonçalves e Reinaldo; Gerson Andreotti, Ademir Melo e Tata; Edinho, Tião Marino e Niltinho (Eli Carlos) Técnico: Fidélis
Antigo Estádio Palestra Itália, o Jardim Suspenso, hoje Allianz Parque.
Foi em 1920 que o Palestra Itália efetuou a compra do seu estádio, e junto com com ele também todas as outras instalações esportivas que pertenciam ao terreno, pelo valor total de 500 contos de réis (algo em torno de 12,5 milhões de reais em valores de 2019).
Foram construídas grandes arquibancadas em concreto armado e, em 13 de agosto de 1933, na partida Palestra Itália 6 Bangu 0 (tendo Gabardo assinalado o primeiro gol), pelo Torneio Rio-São Paulo, foi inaugurado o “Stadium Palestra Itália”: maior e mais moderno estádio de futebol do País (na época), com capacidade para trinta mil torcedores. Neste mesmo período, a sede social do clube foi transferida do centro da cidade para o entorno do estádio.
No final da década de 1950, foi iniciada uma grande reforma, em que a arquibancada foi reconstruída e passou a ter mais do que o dobro da capacidade anterior. Além disso, o campo foi suspenso, e foram construídos vestiários no subsolo.
A reinauguração aconteceu em 7 de setembro de 1964, com a realização da partida entre Palmeiras e Esportiva de Guaratinguetá, válida pelo campeonato paulista, quando mais de 30 mil pagantes presenciaram a vitória do time esmeraldino por 2 a 0.
Aliás, esse ano foi o último em que a Esportiva disputou a primeira divisão do Paulista. Foi rebaixada nessa temporada pois ficou em 16º e último lugar no torneio. Jogou os campeonatos de 1961 a 1964.
O time teve como grande atração no campeonato o zagueiro Zózimo, que havia chegado do Bangu e que fora bi-campeão mundial com a seleção brasileira nas Copas de 1958 e 1962, Zózimo ficou pouco tempo em Guará, logo voltando para o futebol carioca, dessa vez para jogar no Flamengo. Mas esse é um fato que não acontece mais nos tempos atuais. Jogador campeão do mundo vir jogar em time pequeno do interior.
Confira a ficha dessa partida.
PALMEIRAS 2 X 0 ESPORTIVA DE GUARÁ
Data: 07 de Setembro de 1964
Árbitro: Teodoro Nitti
Público:31.899 pagantes
Gols:Ademar Pantera aos 17 e Rinaldo (pênalti) ais 43 minutos do primeiro tempo
Palmeiras: Valdir de Moraes, Rubens Caetano, Djalma Dias, Valdemar Carabina e Ferrari; Dudu e Tupãzinho; Gildo, Picolé, Ademar Pantera e Rinaldo. Técnico: Sylvio Pirillo
Esportiva: Acosta, Bolar, Jorge, Zózimo e Rubens; Luis César e Sauí; Roberto, Nenê, Luis Carlos e Edson. Técnico: Pellegrino Begliomini
Umas das formações do Fluminense campeão carioca de 1975: Félix, Zé Maria, Silveira, Zé Mário, Assis e Marco Antônio; Gil, Carlos Alberto Pintinho, Manfrine, Rivellino e Paulo Cezar Caju.
Foi no dia 08 de fevereiro de 1975, um sábado de carnaval.
O ex- Reizinho do Parque São Jorge estreou com a camisa tricolor diante do seu ex-time, o Corinthians. O jogo foi amistoso disputado no Maracanã com a presença de mais de 40 mil torcedores.
Rivellino fora contratado no começo daquele ano pelo então presidente do Flu, Francisco Horta que começava a montar a chamada Máquina Tricolor, que seria bi-campeã carioca em 1975 e 76 e também semifinalista dos campeonatos brasileiros daqueles dois anos. Em 1975 parou no Internacional e em 76 no próprio Corinthians.
A saída de Rivellino do Corinthians foi muito agitada. Ele era o maior ídolo de uma sofrida torcida que não via o time ser campeão desde 1954. E em 1974 todos achavam que tinha chegado a hora.
O Timão foi para final do Paulistão diante do Palmeiras. Mas não aguentou o super time do Verdão, a chamada segunda Academia. Foram dois grandes jogos. No primeiro empate em 1 a 1 no Pacaembu. E no segundo jogo vitória palmeirense por 1 a 0 no Morumbi no célebre gol de Ronaldo.
Rivellino foi muito criticado pela torcida e diretoria corintiana. Muitos acharam que ele fracassou e foi o grande culpado pela perda do título.
Sem clima para continuar em Parque São Jorge, a proposta que veio do Rio de Janeiro foi muito bem recebida por ele, que chegou ao Fluminense como o maior jogador de um time que teria ainda Doval, Paulo Cezar Caju, Félix, Carlos Alberto Torres, Gil e Marco Antonio entre outros.
Naqueles tempos não havia futebol durante o carnaval. Nem amistosos eram disputados. Hoje em dia a bola rola normalmente.
E Francisco Horta teve a ideia de fazer o jogo de apresentação de seu novo craque justamente num sábado de momo e contra o ex-time.
Rivellino jogou demais nesse jogo. O Fluzão venceu por 4 a 1 e ele fez simplesmente três gols, algo raríssimo em sua carreira.
Riva ficou por três anos nas Laranjeiras, saindo de lá vendido para o futebol árabe onde jogou até 1981 e encerrou a carreira. Pelo Fluminense fez 158 jogos marcando 53 gols.
Confira a ficha desse jogo “perdido”
FLUMINENSE 4 x 1 CORINTHIANS
Dia 08 de fevereiro de 1975 no Maracanã
Árbitro: José Roberto Wright
Gols: Rivellino aos 25 e aos 36 e Lance aos 37 minutos do primeiro tempo; Rivellino aos 18 e Gil aos 33 minutos do segundo tempo.
Fluminense: Félix, Toninho, Silveira, Assis e Marco Antônio (Edinho) ; Zé Mário, Cléber (Carlos Alberto Pintinho) e Rivellino (Erivelto); Cafuringa, Gil e Mário Sérgio ( Zé Roberto). Técnico: Paulo Emílio
Corinthians: Sérgio Valentim (Paulo Rogério), Zé Maria, Laércio (Zé Eduardo), Ademir Gonçalves e Wladimir; Tião e Adãozinho; Vaguinho (Zezé), Lance, Zé Roberto (Arlindo) e Daércio (Pyta) Técnico: Sylvio Pirillo
Umas das formações do Corinthians em 1982/3. Solito, Sócrates, Ataliba, Casagrande, Zenon e Biro-Biro; Mauro, Daniel Gonzáles, Alfinete, Paulinho e Wladimir.
Aqui não tem polêmica. Seja de 1971 para cá ou desde 1959 a maior goleada já registrada na história do campeonato nacional foi Corinthians 10 x 1 Tiradentes do Piauí pelo torneio de 1983.
Logo abaixo dessa sapecada, temos Vasco da Gama 9 a 0 na Tuna Luso do Pará em 1984.
No jogo do Timão, que foi disputado no Estádio Canindé, em São Paulo, o time visitante saiu na frente. Mas depois não aguentou e tomou a maior goleada já ocorrida no campeonato. Curioso fato também, é que dez dias antes, em jogo válido pelo primeiro turno daquela fase, o Tiradentes tinha vencido o Corinthians por 2 a 1 em Teresina.
Bom lembrar, que o campeão daquele ano foi o Flamengo que derrotou o santos na final em dois jogos. Perdeu o primeiro por 2 a 1 no Morumbi em São Paulo e venceu o decisivo por 3 0 no Maracanã.
Veja abaixo a ficha do jogo da goleada corintiana.
CORINTHIANS 10 X 1 TIRADENTES
Dia 09 de Fevereiro de 1983 – Campeonato Brasileiro
Estádio do Canindé em São Paulo
Árbitro: Aristóteles Cantalice de Pernambuco
Gols: Sabará de pênalti aos 18, Sócrates de pênalti aos 24, Sócrates aos 31, Biro-Biro aos 37, Sócrates aos 42 e Paulo Egídio aos 42 minutos do primeiro tempo; Ataliba aos 4, Wladimir de bicicleta aos 8, Paulo Egídio aos 17, Sócrates aos 33 e Vidotti aos 42 minutos do segundo tempo.
Corinthians: Solito, Alfinete, Mauro, Daniel González e Wladimir; Paulinho, Sócrates e Zenon (Eduardo Amorim); Biro-Biro, Ataliba (Vidotti) e Paulo Egídio. Técnico: Mário Travaglini
Tiradentes: Neto, Valdinar, Baiano, Vagner e Zezé (Jeová); Zuega, Sabará e Hélio Rocha (Etevaldo); Luis Sérgio, Durval e Joniel. Técnico: Albertino de Paula.
Pouca gente se lembra do jogo de despedida do rei Pelé com a camisa do Santos FC. Muitos se lembram da despedida dele pela Seleção Brasileira em 1971 no Maracanã lotado num jogo que terminou empatado em 2 a 2 com a Iugoslávia. Esse jogo teve TV ao vivo para todo Brasil, fato raro naqueles tempos.
Mas a derradeira partida do Rei pelo seu único clube no Brasil ficou meio perdida. Entendo eu que foi mal planejada. Não foi, por exemplo, um clássico contra seu maior freguês, o Corinthians ou seu maior adversário nos anos dourados de 1960 a 70, o Palmeiras.
Mas foi um jogo válido pelo campeonato paulista de 1974 numa quarta feira a noite e contra a… Ponte Preta. Nada contra o time campineiro, que teve a honra de participar desse momento histórico, mas era a despedida de Pelé. É bem verdade que houve uma meia despedida dele diante do Timão três dias antes no Pacaembu que recebeu mais de 66 mil torcedores. Jogo terminou 1 a 0 para o Corinthians e Pelé saiu inda no primeiro tempo sentindo dores na perna.
O jogo que teve o Rei vestindo pela última vez a gloriosa camisa 10 do Santos foi disputado dia 02 de outubro na Vila Belmiro com público de 20 mil torcedores. Pelé saiu aos 20 minutos do primeiro tempo depois de se ajoelhar no centro do campo com a bola a sua frente, abrir os braços em sinal de agradecimento e ser aplaudido pelo torcedor demoradamente. A vila Belmiro chorou naquela noite. Eram 21:19 horas. O Rei jogou pelo Santos por 18 anos, 06 meses e 26 dias. Marcou 1091 gols em 1106 partidas. Que média de gols por jogo senhores!!!
E vejam como são as coisas no futebol: quem substitui Pelé naquele jogo foi um desconhecido jogador de nome Gilson que nunca vingou no futebol.
Veja a ficha do jogo
SANTOS FC 2 x 0 AA PONTE PRETA
Dia 02/10/1974 – Vila Belmiro – Campeonato Paulista, Segundo Turno
Árbitro: Emídio Marques Mesquita
Gols: Cláudio Adão aos 44 minutos do primeiro tempo e Geraldo (contra) aos 11 do segundo tempo
Público: 20.258 pagantes
Santos: Cejas; Wilson Campos, Vicente, Bianchi e Zé Carlos; Léo Oliveira e Brecha; Da Silva, Cláudio Adão, Pelé (Gilson) e Edu. Técnico: Elba de Pádua Lima – Tim.
Ponte Preta: Carlos, Geraldo, Oscar, Zé Luiz e Valter; Serelepe e Serginho; Adilson, Valtinho (Brasinha), Valdomiro e Tuta. Técnico: Lilo.
Citei no post anterior sobre a estreia do extraordinário goleiro Emerson Leão com a camisa do Palmeiras
Para mim, Leão foi o melhor goleiro da história do Verdão, superior até mesmo a São Marcos. Leão foi nota 9 e marcos 8,5. Opiniões divergentes existem e muitas sobre isso.
Mas vamos ao fato da estreia dele no gol do Palmeiras. Foi em 1969 num jogo contra o Juventus no campeonato paulista. Ele entrou no lugar de Chicão, que deixou o campo contundido aos 36 minutos do segundo tempo. O Palmeiras venceu o jogo com facilidade por 6 a 1.
Leão iniciou sua carreira defendendo o São José, que na época, em 1965 era ainda o EC São José, o Formigão do Vale.
Logo foi para o Comercial de Ribeirão Preto e de lá para o time alviverde.
Leão é o segundo jogador com mais partidas com a camisa palmeirense. Fez 620 jogos em suas duas passagens pelo clube. A primeira foi entre 1969 e 1978 e a segunda de 1984 a 1986.
Com mais jogos que ele apenas o Divino Ademir da Guia que fez 836 partidas pelo Verdão.
Confira a ficha do jogo que marcou a estreia desse fenomenal e polêmico goleiro no Palmeiras.
PALMEIRAS 6 X 1 JUVENTUS
Campeonato Paulista – dia 16 de abril de 1969 – Estádio Palestra Itália Árbitro: Vilmar Serra – Público de 4.359 torcedores Gols: Artime aos 15 minutos e Frazão aos 19 do 1° Tempo; Ademir da Guia aos 2 minutos, Jaime aos 7, Artime aos 15, César Maluco aos 28 e Serginho aos 31 do 2° tempo.
Palmeiras: Chicão (Leão, 36 do 2°), Eurico, Baldochi, Minuca e Dé; Jaime e Ademir da Guia (Dudu, 21 do 2°); Copeu, Artime, César Maluco e Serginho. Técnico: Filpo Nuñes.
Juventus: Doná, Celso, Carlos, Mílton e Geraldo Scalera; Brecha e Ferreirinha; Frazão, Andes, Menotti e Valdir. Técnico: Clóvis.
Nesta seção, não vamos falar exatamente de derrota de um time, como se ele houvesse perdido um jogo.
Na verdade, JOGOS PERDIDOS tem a missão de relembrar partidas que pouco são lembradas, mas que significaram alguma coisa na vida de um clube ou de um jogador.
Um jogo que um pênalti foi desperdiçado, uma expulsão injusta foi efetuada ou houve a estreia ou despedida de um jogador.
Por exemplo: quase ninguém sabe em qual jogo o goleiro Leão estreou pelo Palmeiras ou poucos se lembram do jogo de despedida do Rei Pelé com a camisa do Santos.
Muitas vezes um jogo de uma partida de ida de uma fase de mata-mata, fica esquecido e ele pode conter dados importantes na conquista de um título.
Você vai gostar, tenho certeza.
© 2019. Futebol do Vale por Antonio Carmo.