Craque palmeirenses fez um gol de placa contra o São Paulo, chapelando Rogério Ceni e estufando as redes no Morumbi dia 20 de março de 2002.
Atuação de gala. É assim que podemos descrever o Palmeiras contra o São Paulo, na noite do dia 20 de março de 2002. Apesar dos pesares, o Verdão passou sufoco mesmo abrindo 3 a 0 contra os tricolores.
O Palmeiras era comandado por Vanderlei Luxemburgo, enquanto o São Paulo tinha Nelsinho Baptista no banco. A imprensa comentava o fato da boa fase do tricolor ser por conta da sequência de adversários fracos. E no clássico a tese ficou comprovada.
Luxemburgo foi inteligente e direcionou a marcação em cima de Kaká e Souza, anulando completamente o setor de criação. A bola não chegava com facilidade nos atacantes França e Reinaldo.
Muito preocupado com os cruzamentos de Arce, o São Paulo não se atentou ao restante do time alviverde. Logo aos 10 minutos, Magrão encontrou espaço e chutou rasteiro, surpreendendo Rogério Ceni e abrindo o placar: 1 a 0.
Em desvantagem, o São Paulo sentiu o gol e não acertava passes. Oito minutos depois, Itamar cruzou da direita. Claudecir, sem qualquer tipo de marcação, dominou e mandou no ângulo esquerdo de Ceni, surpreendendo e marcando um golaço. A bola ainda bateu caprichosamente na trave antes de cair dentro da linha.
Mas, aos 27 minutos, Alex resolveu dar um presente ao futebol brasileiro. Depois de receber belo passe, o meia deu um lençol em Emerson, um chapéu em Rogério Ceni e mandou para as redes. O gol antológico no Morumbi estava feito e a torcida do Palmeiras enlouquecida nas arquibancadas. 3 a 0 Verdão.
O gol, no entanto, provocou a ira dos são-paulinos que acabaram partindo para cima. Dois minutos depois, o juiz assinalou pênalti que foi convertido por França. Marcos quase pegou. 3 a 1.
Para a segunda etapa, Nelsinho resolveu sacar Souza. Lúcio Flávio entrou e deu outra cara ao time tricolor. Aos 27, Kaká foi avançando e viu a disparidade de Marcos com a trave direita. O meia arriscou e o goleiro palmeirense nada fez: 3 a 2.
Quase empatando, o São Paulo partiu para cima, mas parou nas mãos de Marcos. Foram, pelo menos, três defesas milagrosas. Wilson e Emerson acabaram expulsos. Em um dos lances, Alex foi derrubado dentro da área. Arce bateu pênalti com a perfeição de sempre e ampliou: 4 a 2.
Ao final, a torcida do Palmeiras cantava o hino no Morumbi. E o gol de Alex entrava para história como um dos mais belos do futebol brasileiro.
Ficha técnica:
São Paulo 2 x 4 Palmeiras
Gols: Magrão, aos 10. Claudecir, aos 18. Alex, aos 27. França, aos 30 do primeiro tempo. Kaká, aos 27. Arce, aos 47 do segundo tempo.
São Paulo: Rogério Ceni; Gabriel, Emerson, Wilson e Gustavo Nery (Belletti); Maldonado, Fábio Simplício, Souza (Lúcio Flávio) e Kaká; Reinaldo (Jean) e França.
Técnico: Nelsinho Baptista
Palmeiras: Marcos; Arce, Alexandre, César e Daniel; Paulo Assunção, Claudecir (Juliano), Magrão (Galeano) e Alex; Itamar (Juninho) e Christian.
Técnico: Vanderlei Luxemburgo
Cartões amarelos: Maldonado, César, Souza, Fábio Simplício, Magrão, Galeano e Rogério.
Cartões vermelhos: Wilson e Émerson
Renda: Não divulgada;
Público: 49.842 pagantes
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