As informações são do site da Federação Paulista de Futebol. Na foto o time do Andradina campeão de 1965.
Há jogos que ficam marcados para sempre na história. A final da Terceira Divisão de Profissionais de 1965 é um desses. Em campo, Andradina e Transauto de São Caetano fizeram a partida oficial mais longa que se tem registro na história do futebol mundial. Foram precisos 208 minutos para definir o campeão do torneio. Melhor para o Andradina, que venceu a ‘batalha de Araraquara’ e ficou com a taça há exatos 54 anos.
Andradina e Transauto já haviam se enfrentado no dia 8 de maio, também na Fonte Luminosa, em Araraquara, e a partida terminou empatada em 3 a 3. Um novo jogo foi marcado para o dia 15, no mesmo local, mas para que houvesse de vez uma definição, a FPF determinou que, em caso de novo empate, seria disputada prorrogações até que saísse um gol. O árbitro da partida foi Albino Zanferrari, que recebeu uma comunicação interna sobre como deveria proceder.
Nos 90 minutos do tempo regulamentar, cada equipe balançou a rede uma vez. Sendo assim, o árbitro Zanferrari seguiu o que foi lhe recomendado. O que ninguém esperava, porém, é que seriam necessárias cinco prorrogações.
Locutores sofriam na cabine de transmissão, e em campo não foi diferente com os atletas das duas equipes. O juiz virava o jogo a cada 15 minutos e nos intervalos os jogadores chegavam a deitar no campo de tanta canseira. Não havia água que desse conta. Era água dos dois lados. Foi um dia de muito calor. O jogo começou a tarde e só terminou a noite. Apesar disso, não houve nenhum acontecimento extra. Os dois times se comportaram com o devido respeito e consideração.
O gol do título foi marcado por Mazola aos 208 minutos de jogo.
Mazola, na verdade, era Hélio Duran, que atuou com um pseudônimo já que era procurado pela Justiça do Mato Grosso.
A campanha até a final
Em uma primeira fase regionalizada, diante de outros cinco adversários, o Andradina não teve dificuldade e liderou a chave após oito vitórias, um empate e apenas uma derrota. O regulamento previa que apenas o primeiro de cada uma das 10 séries avançava para a segunda etapa.
Novamente regionalizada, a segunda fase colocou o Andradina no mesmo grupo de Ferroviário de Araçatuba, Operário de Palmital, Rinópolis e Murutinga. Os cinco times fizeram uma disputa extremamente acirrada, com a diferença de apenas dois pontos entre o líder e o lanterna. Um empate na última rodada, em Muritinga do Sul, evitou que todos os times terminassem com oito pontos. Sendo assim, a classificação ficou da seguinte forma:
1. Andradina – 9 pontos
2. Ferroviário, Operário, Rinópolis – 8 pontos 5. Muritinga – 7 pontos
Confira os jogos do Andradina na Terceira Divisão de 1965:
1ª Fase
27/06/1965: Andradina FC 3×1 Aparecida d’Oeste
04/07/1965: Mouran 0x0 Andradina FC
11/07/1965: Andradina FC 1×0 CA Jalesense
18/07/1965: SOREA 1×4 Andradina FC
25/07/1965: XI de Agosto 0x1 Andradina FC
15/08/1965: Aparecida d’ Oeste 1×3 Andradina FC
22/08/1965: Andradina FC 5×0 Mouran
29/08/1965: CA Jalesense 2×1 Andradina FC
05/09/1965: Andradina FC 6×0 SOREA
19/09/1965: Andradina FC 1×0 XI de Agosto
2ª fase
27/03/1966: Ferroviário 2×1 Andradina FC
30/03/1966: Andradina FC 5×1 Operário
03/04/1966: Rinópolis 2×0 Andradina FC
06/04/1966: Andradina FC 1×0 Murutinga
13/04/1966: Andradina FC 4×1 Ferroviário
17/04/1966: Operário 3×0 Andradina FC
21/04/1966: Andradina FC 3×2 Rinópolis
24/04/1966: Murutinga 0x0 Andradina FC
Final
08/05/1966: Andradina FC 3×3 Transauto
13/05/1966: Andradina FC 1×1 Transauto (Prorrogação: 0x0, 0x0, 0x0, 0x0, 1×0).
Local: estádio da Fonte Luminosa, em Araraquara.
Texto originalmente publicado no site da Federação Paulista de Futebol
Foi no jogo de estreia de um dos maiores jogadores brasileiros da época em um clássico importante válido pelo Campeonato Paulista de 1942. O estreante vestindo a camisa tricolor era Leônidas da Silva. Tais ingredientes motivaram a torcida a lotar o Pacaembu, e mais do que isso, a transformar o confronto entre São Paulo e Corinthians na partida de maior público da história do estádio com 70.281 espectadores.
Majestoso emocionante
A partida, realizada no dia 24 de maio de 1942, não decepcionou nenhum dos mais de 70 mil torcedores presentes no palco mais tradicional do futebol paulista. Recheado de emoções e jogadas plásticas de ambos os lados, o empate, por 3 a 3, entre São Paulo e Corinthians foi pouco para explicar todas as particularidades do clássico.
Maior personagem em campo, Leônidas da Silva não decepcionou a todos que foram ver o clássico. O jogador, um dos grandes craques do futebol nacional, tinha sido contratado pelo São Paulo pela maior quantia do futebol sul-americano: 200 contos de réis. Na época, o valor se assemelhava a uma verdadeira fortuna, ainda mais que os prêmios das loterias da década de 40 giravam em torno de no máximo de 300 contos de réis.
Os jornais da época relataram um jogo muito aguerrido e movimentado. Enquanto o São Paulo vivia a empolgação de ter contratado um dos melhores jogadores da época por valor recorde, os corintianos vinham motivados em estragar a festa tricolor. Motivação que foi o suficiente para o Alvinegro abrir o placar com Jeronimo, aos 10 da etapa inicial. Após empate de Lola em assistência de Leônidas, as duas equipes terminaram o primeiro tempo empatadas por 1 a 1.
Já na segunda etapa, mais emoção: logo aos 3 minutos, Servílio colocou o Corinthians novamente à frente do placar. A reação tricolor começou com Luizinho e Teixeirinha, virando o jogo a favor do São Paulo. No final da partida, Servílio empatou novamente e deu números finais em um dos grandes clássicos entre São Paulo e Corinthians.
Repercussão na mídia
Já no dia seguinte ao clássico, o grande jogo protagonizado pelas duas equipes recebeu a alcunha de ‘Choque Majestoso’ pelo jornal Gazeta Esportiva. A matéria fazia questão de ressaltar a estreia de Leônidas, o estádio lotado, as viradas e os lances de combatividade de ambos os times. Foi a primeira que faziam referência ao jogo entre São Paulo e Corinthians como ‘Majestoso’, termo utilizado até hoje.
O campeão de 1942 foi o Palmeiras, justamente no ano que precisou mudar de nome de Palestra Itália para Palmeiras.
Ficha técnica:
Corinthians 3 x 3 São Paulo
Competição: Campeonato Paulista de 1942 – 1º Turno;
Local: Estádio do Pacaembu, em São Paulo;
Data: 24 de maio de 1942;
Árbitro: Jorge Gomes de Lima “Joreca”;
Público: 71.281 pagantes.
Gols: Jerônimo e Servílio (2) (SCCP); Lola, Luizinho e Teixeirinha (SPFC).
Corinthians: Joel; Agostinho e Chico Preto; Jango, Brandão e Dino; Jerônimo, Milani, Servílio, Eduardinho e Hércules. Técnico: Rato.
São Paulo: Doutor; Fiorotti e Virgílio; Waldemar Zaclis, Lola e Silva; Luizinho, Waldemar de Brito, Leônidas, Teixeirinha e Pardal. Capitão: Fiorotti. Técnico: Conrado Ross.
O São José EC é o único time do Vale do Paraíba que disputou as 3 primeiras divisões do campeonato brasileiro. Jogou a Série A em 1982 e 1990; a Série B em 1991 e a Série C em 1997.
O extinto Guaratinguetá jogou as Séries B e C, mas não chegou a subir para principal divisão do futebol nacional.
Do jeito que as coisas estão, até o mais fanático torcedor da Águia do Vale sabe que para o time voltar a disputar o principal torneio de futebol da CBF, a missão é quase impossível. Digo quase, porque impossível não existe no futebol.
Então vamos relembrar aqui todos os jogos feitos pelo São José nos 2 campeonatos que ele participou.
Em 1982 o time foi muito bem e parou nas oitavas de final quando foi eliminado pelo Bangu., em um torneio que teve a presença de 44 clubes. É bom lembrar que as vagas para o campeonato do ano seguinte naquele tempo eram conquistadas pela campanha feita no campeonato estadual do ano anterior. Como não foi bem no Paulistão de 1982, a Águia ficou sem vaga no Brasileirão de 1983.
Já a campanha no ano de 1990 foi muito fraca e o time acabou caindo para Série B junto com a Internacional de Limeira.
JOGOS DE 1982
1 a 0 no Grêmio (que era o atual campeão) em casa
2 a 1 na Desportiva Ferroviária do Espirito Santo em casa
0 a 1 com o Vitória em Salvador
0 a 0 com o Atlético Mineirão no Mineirão
1 a 0 na Desportiva Ferroviária em Vitória
2 a 1 no Vitória em casa
0 a 0 com Atlético Mineiro em casa
0 a 1 com o Grêmio no Olímpico em Porto Alegre
1 a 1 com o Londrina em Londrina
0 a 0 com o Botafogo (RJ) em casa
3 a 1 no Treze da Paraíba em casa
1 a 0 no Botafogo no Maracanã
3 a 0 no Treze em casa
0 a 0 com o Londrina em casa
1 a 3 com o Bangu em Moça Bonita -RJ
2 a 2 com o Bangu em casa
JOGOS DE 1990
1 a 1 com o Goiás em casa
1 a 0 no Botafogo em Niterói
0 a o com o Vasco da Gama em casa
0 a 2 com o Santos na Vila Belmiro
1 a 2 com o Corinthians em casa
0 a 3 com o Bahia na Fonte Nova em Salvador
0 a 1 com o Bragantino em casa
2 a 2 com a Portuguesa no Canindé
0 a 0 com o Atlético Mineiro em casa
1 a 1 com o Internacional no Beira Rio
0 a 2 com o Palmeiras no Palestra Itália
0 a 0 com o São Paulo em casa
0 a 0 com o Cruzeiro no Mineirão
1 a 1 com o Grêmio em casa
2 a 1 no Vitória em casa
0 a 0 com o Náutico no Recife
1 a 0 na Internacional de Limeira em casa
0 a 1 com o Fluminense nas Laranjeiras (RJ)
0 a 3 com o Flamengo no Martins Pereira
O futebol mineiro pode ser descrito, em minha opinião, antes e depois de 1966. Um ano antes o Mineirão foi construído e os 3 grandes de BH teriam mais visibilidade no cenário do futebol brasileiro, isso é um fato inegável.
Mas foi a partir do título de Campeão da extinta Taça Brasil pelo Cruzeiro, que o futebol das alterosas entrou de vez no cenário nacional do futebol.
E não foi uma conquista qualquer não. Foi um título obtido em cima do Santos FC que era o atual pentacampeão. E com duas vitórias históricas.
A primeira delas no primeiro jogo no Mineirão com uma goleada espetacular de 6 a 2. E para coroar, uma virada sensacional no segundo jogo em pleno Pacaembu. Depois de estar perdendo por 2 a 0 e tendo Tostão desperdiçado uma cobrança de pênalti, a Raposa virou para 3 a 2 e ganhou seu primeiro título nacional.
E esse time cruzeirense ficou marcado na história do futebol brasileiro como um dos melhores da história. Jovens craques estavam surgindo como Tostão, Piazza, Natal, Raul e Dirceu Lopes.
Por isso esse esquadrão merece um espaço nessa nossa página de Grandes Times.
© 2019. Futebol do Vale por Antonio Carmo.