Pelo segundo ano seguido, o atacante Ytalo, do Bragantino, está no topo da lista de artilheiros do Campeonato Paulista. Neste ano inclusive, ele foi líder isolado no quesito.
Os sete gols neste ano igualam o número de 2019, quando Ytalo dividiu a artilharia com Jean Mota (Santos), Diego Cardoso (Guarani) e Rafael Costa (Botafogo). Em 2018, Borja, do Palmeiras, também atingiu sete gols. É a repetição do menor número de um goleador numa edição desde 1916, quando Aparício fez sete pelo Corinthians.
Campeão paulista de 2020, o Palmeiras teve Willian como principal artilheiro, com seis gols.
Na história do Paulistão, o Santos é a equipe que mais vezes teve um jogador como artilheiro da competição. Foram 24 ocasiões. Onze dessas foram com Pelé. Logo depois do Peixe vêm Corinthians com 20, São Paulo, 19, e Palmeiras, 13, incluindo os anos de Palestra Itália.
O jogador maior artilheiro de uma mesma edição foi Pelé. O Rei marcou 58 gols em 1958. Pelé detém também o recorde de mais vezes ter sido o artilheiro do campeonato. Foram 11 vezes. De 1957 a 1965, em 1969 e 1973.
Artilheiros do Paulistão ano a ano:
Ano | Artilheiro | |
1902 | Charles Miller (São Paulo Athletic) | 10 Gols |
1903 | Álvaro (Paulistano) e Herbert Boyes (São Paulo Athletic) | 4 |
1904 | Charles Miller e Herbert Boyes (São Paulo Athletic) | 9 |
1905 | Hermann Friese (Germânia) | 14 |
1906 | Fuller (Germânia) | 6 |
1907 | Léo (Internacional) | 8 |
1908 | Peres (Paulistano) | 6 |
1909 | Bibi (Paulistano) | 9 |
1910 | Herbert Boyes (São Paulo Athletic), Eurico (AA das Palmeiras) e Rubens Sales (Paulistano) | 9 |
1911 | Décio (Americano) | 7 |
1912 | Friedenreich (Mackenzie) | 12 |
1913 | Luiz (AA das Palmeiras), José Pedro, Luiz Alves, Renato e Whately (Mackenzie), e Mesquita (Paulistano) | 3 |
1914 | Friedenreich (Ypiranga) e Neco (Corinthians) | 12 |
1915 | Nazaré (AA das Palmeiras/APEA) e Facchini (Campos Elíseos/LPF) | 13/APEA e 17/LPF |
1916 | Mariano (Paulistano/APEA) e Aparício (Corinthians/LPF) | 8/APEA e 7/LPF |
1917 | Friedenreich (Ypiranga) | 15 |
1918 | Friedenreich (Paulistano) | 25 |
1919 | Friedenreich (Paulistano) | 26 |
1920 | Neco (Corinthians) | 24 |
1921 | Friedenreich (Paulistano) | 33 |
1922 | Gambarotta (Corinthians) | 19 |
1923 | Feitiço (AA São Bento) | 18 |
1924 | Feitiço (AA São Bento) | 14 |
1925 | Feitiço (AA São Bento) | 10 |
1926 | Heitor (Palestra Itália/APEA) e Filó (Paulistano/LAF) | 18/APEA e 16/LAF |
1927 | Araken (Santos/APEA) e Friedenreich (Paulistano/LAF) | 31/APEA e 13/LAF |
1928 | Heitor (Palestra Itália/APEA) e Friedenreich (Paulistano/LAF) | 16/APEA e 29/LAF |
1929 | Feitiço (Santos/APEA) e Friedenreich (Paulistano/LAF) | 12/APEA e 16/LAF |
1930 | Feitiço (Santos) | 37 |
1931 | Feitiço (Santos) | 39 |
1932 | Romeu (Palestra Itália) | 18 |
1933 | Valdemar de Brito (São Paulo) | 31 |
1934 | Romeu (Palestra Itália) | 13 |
1935 | Figueiredo (Ypiranga/APEA) e Teleco (Corinthians/LPF) | 19/APEA e 9/LPF |
1936 | Carioca (Portuguesa/APEA) e Teleco (Corinthians/LPF) | 18/APEA e 28/LPF |
1937 | Teleco (Corinthians) | 15 |
1938 | Eliseu (São Paulo) | 13 |
1939 | Teleco (Corinthians) | 32 |
1940 | Peixe (Ypiranga) | 21 |
1941 | Teleco (Corinthians) | 26 |
1942 | Milani (Corinthians) | 24 |
1943 | Hércules (São Paulo) | 19 |
1944 | Luizinho (São Paulo) | 22 |
1945 | Servílio (Corinthians) e Passarinho (São Paulo Railway) | 17 |
1946 | Servílio (Corinthians) | 19 |
1947 | Servílio (Corinthians) | 19 |
1948 | Cilas (Ypiranga) | 19 |
1949 | Friaça (São Paulo) | 24 |
1950 | Pinga (Portuguesa) | 22 |
1951 | Carbone (Corinthians) | 30 |
1952 | Baltazar (Corinthians) | 27 |
1953 | Humberto Tozzi (Palmeiras) | 22 |
1954 | Humberto Tozzi (Palmeiras) | 36 |
1955 | Del Vecchio (Santos) | 23 |
1956 | Zizinho (São Paulo) | 16 |
1957 | Pelé (Santos) | 17 |
1958 | Pelé (Santos) | 58 |
1959 | Pelé (Santos) | 44 |
1960 | Pelé (Santos) | 34 |
1961 | Pelé (Santos) | 47 |
1962 | Pelé (Santos) | 37 |
1963 | Pelé (Santos) | 22 |
1964 | Pelé (Santos) | 34 |
1965 | Pelé (Santos) | 49 |
1966 | Toninho Guerreiro (Santos) | 24 |
1967 | Flávio (Corinthians) | 21 |
1968 | Téia (Ferroviária) | 20 |
1969 | Pelé (Santos) | 26 |
1970 | Toninho Guerreiro (São Paulo) | 13 |
1971 | César (Palmeiras) | 18 |
1972 | Toninho Guerreiro (São Paulo) | 17 |
1973 | Pelé (Santos) | 11 |
1974 | Geraldo (Botafogo) | 23 |
1975 | Serginho Chulapa (São Paulo) | 22 |
1976 | Sócrates (Botafogo) | 15 |
1977 | Serginho Chulapa (São Paulo) | 32 |
1978 | Juari (Santos) | 29 |
1979 | Luis Fernando (América) | 21 |
1980 | Edmar (Taubaté) | 17 |
1981 | Jorge Mendonça (Guarani) | 38 |
1982 | Casagrande (Corinthians) | 28 |
1983 | Serginho Chulapa (Santos) | 22 |
1984 | Chiquinho (Botafogo) e Serginho Chulapa (Santos) | 16 |
1985 | Careca (São Paulo) | 23 |
1986 | Kita (Inter de Limeira) | 23 |
1987 | Edmar (Corinthians) | 19 |
1988 | Evair (Guarani) | 19 |
1989 | Toninho (Portuguesa) e Toni (São José) | 13 |
1990 | Volnei (Ferroviária), Rubem (Guarani) e Alberto (Ituano) | 20 |
1991 | Raí (São Paulo) | 20 |
1992 | Válber (Mogi Mirim) | 17 |
1993 | Viola (Corinthians) | 20 |
1994 | Evair (Palmeiras) | 23 |
1995 | Paulinho McLaren (Portuguesa) e Bentinho (São Paulo) | 20 |
1996 | Giovanni (Santos) | 24 |
1997 | Dodô (São Paulo) | 19 |
1998 | França (São Paulo) | 12 |
1999 | Alex (Palmeiras) | 12 |
2000 | França (São Paulo) | 18 |
2001 | Washington (Ponte Preta) | 16 |
2002 | Alex Alves (Juventus) | 17 |
2003 | Luis Fabiano (São Paulo) | 8 |
2004 | Vagner Love (Palmeiras) | 12 |
2005 | Finazzi (América) | 17 |
2006 | Nilmar (Corinthians) | 18 |
2007 | Somália (São Caetano) | 13 |
2008 | Alex Mineiro (Palmeiras) | 15 |
2009 | Pedrão (Barueri) | 16 |
2010 | Ricardo Bueno (Oeste) | 16 |
2011 | Elano (Santos) e Liedson (Corinthians) | 11 |
2012 | Neymar (Santos) | 20 |
2013 | William (Ponte Preta) | 13 |
2014 | Alan Kardec (Palmeiras), Léo Costa (Rio Claro), Cícero (Santos) e Luis Fabiano (São Paulo) | 9 |
2015 | Ricardo Oliveira (Santos) | 11 |
2016 | Roger (RB Brasil) | 11 |
2017 | Gilberto (São Paulo) e William Pottker (Ponte Preta) | 9 |
2018 | Borja (Palmeiras) | 7 |
2019 | Jean Mota (Santos), Ytalo (RB Brasil), Diego Cardoso (Guarani) e Rafael Costa (Botafogo) | 7 |
2020 | Ytalo (Bragantino) | 7 |
Texto originalmente publicado no site da Federação Paulista de Futebol
Foi no jogo de estreia de um dos maiores jogadores brasileiros da época em um clássico importante válido pelo Campeonato Paulista de 1942. O estreante vestindo a camisa tricolor era Leônidas da Silva. Tais ingredientes motivaram a torcida a lotar o Pacaembu, e mais do que isso, a transformar o confronto entre São Paulo e Corinthians na partida de maior público da história do estádio com 70.281 espectadores.
Majestoso emocionante
A partida, realizada no dia 24 de maio de 1942, não decepcionou nenhum dos mais de 70 mil torcedores presentes no palco mais tradicional do futebol paulista. Recheado de emoções e jogadas plásticas de ambos os lados, o empate, por 3 a 3, entre São Paulo e Corinthians foi pouco para explicar todas as particularidades do clássico.
Maior personagem em campo, Leônidas da Silva não decepcionou a todos que foram ver o clássico. O jogador, um dos grandes craques do futebol nacional, tinha sido contratado pelo São Paulo pela maior quantia do futebol sul-americano: 200 contos de réis. Na época, o valor se assemelhava a uma verdadeira fortuna, ainda mais que os prêmios das loterias da década de 40 giravam em torno de no máximo de 300 contos de réis.
Os jornais da época relataram um jogo muito aguerrido e movimentado. Enquanto o São Paulo vivia a empolgação de ter contratado um dos melhores jogadores da época por valor recorde, os corintianos vinham motivados em estragar a festa tricolor. Motivação que foi o suficiente para o Alvinegro abrir o placar com Jeronimo, aos 10 da etapa inicial. Após empate de Lola em assistência de Leônidas, as duas equipes terminaram o primeiro tempo empatadas por 1 a 1.
Já na segunda etapa, mais emoção: logo aos 3 minutos, Servílio colocou o Corinthians novamente à frente do placar. A reação tricolor começou com Luizinho e Teixeirinha, virando o jogo a favor do São Paulo. No final da partida, Servílio empatou novamente e deu números finais em um dos grandes clássicos entre São Paulo e Corinthians.
Repercussão na mídia
Já no dia seguinte ao clássico, o grande jogo protagonizado pelas duas equipes recebeu a alcunha de ‘Choque Majestoso’ pelo jornal Gazeta Esportiva. A matéria fazia questão de ressaltar a estreia de Leônidas, o estádio lotado, as viradas e os lances de combatividade de ambos os times. Foi a primeira que faziam referência ao jogo entre São Paulo e Corinthians como ‘Majestoso’, termo utilizado até hoje.
O campeão de 1942 foi o Palmeiras, justamente no ano que precisou mudar de nome de Palestra Itália para Palmeiras.
Ficha técnica:
Corinthians 3 x 3 São Paulo
Competição: Campeonato Paulista de 1942 – 1º Turno;
Local: Estádio do Pacaembu, em São Paulo;
Data: 24 de maio de 1942;
Árbitro: Jorge Gomes de Lima “Joreca”;
Público: 71.281 pagantes.
Gols: Jerônimo e Servílio (2) (SCCP); Lola, Luizinho e Teixeirinha (SPFC).
Corinthians: Joel; Agostinho e Chico Preto; Jango, Brandão e Dino; Jerônimo, Milani, Servílio, Eduardinho e Hércules. Técnico: Rato.
São Paulo: Doutor; Fiorotti e Virgílio; Waldemar Zaclis, Lola e Silva; Luizinho, Waldemar de Brito, Leônidas, Teixeirinha e Pardal. Capitão: Fiorotti. Técnico: Conrado Ross.
Em jogo que fechou a 5ª rodada do Paulistão/2020, o Santos ganhou ontem (10/02) do Botafogo de Ribeirão Preto por 2 a 0 na Vila Belmiro.
Então vamos relembrar aqui um outro jogo entre esses dois times. Jogo histórico. Pois foi nele que o Rei Pelé marcou o maior número de gols em uma só partida durante toda sua carreira.
Começou essa semana mais um campeonato paulista da série A1, que é a principal divisão da FPF. O Corinthians defende seu tri-campeonato e os demais times tentar derrubar o Timão.
Os chamados 4 grandes clubes de São Paulo vão em busca de um título, que se já não tem a grande importância de anos anteriores – até o início dos anos 2000 – ainda tem um bom significado para o campeão.
Antigamente vencer o campeonato estadual era muito mais importante que ganhar o campeonato brasileiro, pode acreditar nisso. Sair de uma fila sem títulos era muito bom ganhar o Paulistão, por exemplo.
Foi assim com o São Paulo em 1970, Corinthians em 1977, palmeiras em 1993 e até mesmo para o Santos em 2006, apesar do time santista ter ganho o Brasileiro em 2002 e 2004.
Veja abaixo o maior período que um dos 4 grandes do futebol paulista ficou sem ganhar a competição.
Corinthians – 22 anos – de 1955 a 1976. Voltou a ser campeão em 1977.
Santos – 21 anos – de 1985 a 2005. Voltou a ser campeão em 2006
Palmeiras – 16 anos – de 1977 a 1992 – voltou a ser campeão em 1993
São Paulo – vive seu maior jejum – está sem ser campeão paulista de 2005. Já são, portanto, 14 anos.
Muita gente não sabe. Outros nem se lembram. Mas o atacante Viola, ele mesmo, do Corinthians e tetra-campeão mundial com a Seleção Brasileira em 1994, jogou no São José EC.
Jogou pouco na Águia, e marcou apenas 1 gol. Foi durante o campeonato brasileiro da Série A de 1990. No final do torneio a Águia, depois de fazer péssima campanha foi rebaixada.
Viola surgiu para o futebol quando marcou o gol do título do Corinthians no campeonato paulista de 1988. Foi 1 a 0 em cima do Guarani em Campinas. Ele entrou na prorrogação e fez o histórico gol que o lançou entre os ídolos do Timão. Tinha apenas 19 anos de idade.
Ficou no time até meios de 1990, mas não emplacou. Fez poucos gols e a diretoria resolveu emprestá-lo para o São José que jogava o Brasileiro da Série A, campeonato esse que foi o primeiro torneio nacional ganho pelo Timão em sua história.
No São José fez apenas 10 jogos e o único gol que fez vestindo a camisa da Águia foi na vitória sobre o Vitória da Bahia no dia 28 de outubro por 2 a 1 no estádio Martins Pereira. Ficou devendo futebol.
Para piorar foi expulso na penúltima rodada do campeonato quando o São José perdeu para o Fluminense jogando no Estádio das Laranjeiras no Rio de Janeiro por 1 a 0. Sendo assim nem esteve em campo no último jogo da equipe naquele torneio quando a Águia perdeu para o Flamengo por 3 a 0 e foi rebaixada.
Depois de deixar o São José, Viola foi para o Olímpia também no interior de SP. Voltou ao Parque São Jorge em 1992 e aí sua carreira deslanchou. Em 1995 depois de ter sido campeão paulista e da Copa do Brasil pelo Timão, foi vendido ao Valencia da Espanha. Voltou ao país para jogar no maior rival do Corinthians, o Palmeiras em 1996. Depois rodou por Santos, Vasco da Gama e outros clubes até encerrar a carreira em 2010 no Brusque de Santa Catarina.
Na carreira toda marcou 328 gols.
Relembre na ficha abaixo seu último jogo vestindo a camisa do São José EC.
FLUMINENSE 1 X 0 SÃO JOSÉ
Campeonato Brasileiro Série A – dia 14/11/1990 – penúltima rodada da fase de classificação
Local: Estádio Álvaro Chaves – Laranjeiras – RJ
Árbitro: Marcio Rezende de Freitas
Público: 2.344 pagantes
Gol: Alexandre Torres de pênalti aos 24 minutos do primeiro tempo
Expulsões: Macula do Fluminense e Viola do São José.
Obs: Torres bateu 3 vezes o pênalti. Nas duas primeiras o goleiro do São José, Luiz Henrique defendeu, mas o árbitro mandou voltar alegando que goleiro joseense se mexeu antes da cobrança.
Fluminense: Ricardo Pinto; Marquinhos, Válber, Alexandre Torres e Paulo Roberto; Dracoce (Rangel), Macula e Pires; Julinho (Mauro Xavier) Edemílson e Rinaldo. Técnico: Gilson Nunes
São José: Luiz Henrique; Marcelo, Celso, Leandro e Alemão; Luis Carlos Goiano, Amauri e Vânder Luís; Moura (Ângelo), Viola e Henrique (Peu) Técnico: Ademir Mello
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